a anunciação.


No fim de semana do dia 20/07/13 fomos para a roça. Isso mesmo, fomos todos (exceto por Dê e Cia). Não consigo nem contabilizar a quantos anos eu não ia pra lá. A minha matemática as vezes não é exata, mesmo assim o tempo é cruel. Mas vamos lá, digamos por alto ... se fosse pra arriscar um palpite, diria eu que já faz uns 7 pra 8 anos que eu não ia aquele lugar.
Tristeza.
Pois sempre me vinha a memória a última vez que eu estive ali (apenas eu, pai e mãe). Embora já passasse algum tempo, ainda era possível sentir o luto pela morte do meu tio Lino. Eu, que até então não tinha ido ao velório, chorei todos os dias que estive ali, era uma angustia tão profunda, uma melancolia tão vivida, que achei que ia deprimir, murchar, secar , morrer e virar pó.
E também a casa da Vó Maria já não era mais a mesma ... estava tão vazia, que fazia todos estes sentimentos ficarem ainda mais a flor da pele.
Me lembro que nesta época desejei imensamente ter uma câmera digital. Como se de algum modo eu quisesse registrar toda aquela vastidão de sentimentos que percorriam através de mim. Eternizar o sol de inverno, a terra ora vermelha ora marrom claro; o café que secava no quintal ; o fogão a lenha; as cruzes nas entradas das casas. Eu pergunto a minha mãe - Mãe, esta cruz na porta de cada casa, quer dizer que alguém que vivia aqui morreu? - e ela disse : - Não Josi, é apenas um pedido de proteção. Eles acreditam que isso impede que maus espíritos entrem na casa - . Superstição bonita, eu pensei.
Estava acontecendo alguma festa em Vermelho Novo (festividade que eu não lembro o nome), fui com um primo meu. Vi uma prima minha dançar com um grupo no palco, e achei incrível a desenvoltura e falta de timidez dela (eu nunca faria aquilo). E nessa noite, eu fiquei com o meu primo. Foram só uns beijinhos mesmo; na verdade,  foram muitos beijos ... tantos que se formou uma espécie de calo nos meus lábios. Até então, nunca tinha acontecido coisa do tipo, mas como há uma primeira vez para tudo nessa vida, fiquei com uma beiça sem precedentes. Lembro dele brincar e me chamar de abelhinha por conta dos lábios (sério!), e não, nem me pergunte o que isso quer dizer. De todo modo, ele é uma pessoa ótima, de boa índole e coração, que com certeza fez aquela viagem ser diferente, e é a quem eu sempre desejo coisas boas. E é claro, com ele eu fiz valer o velho ditado (alguém conhece?),  de que : "primo não é  parente é um presente".
Ps: deixa o meu pai saber.




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E quanto ao fim de semana do dia 20/07, a "energia" foi bem diferente desta que eu descrevi anteriormente , por isso, merece um outro post, novo, sem cargas e sem bagagens.
Então, até breve!



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