vá pro diabo amor.


Há bem pouco; minutos atrás, e ainda agora, eu desabei. Exatamente, chorei um choro guardado e amargurado há tempos, há meses, quiçá um pouco mais de um ano.
Nesta semana um cliente me chamou de burra. Isto mesmo, ele sugeriu em alto (bem alto) e bom tom que ali existia um burro, e que não era ele, então me perguntou quem seria? Sua falta de cerimônia foi tanta que a cliente que também estava ali fez a cortesia (a ela mesma) de se retirar. Depois que ele se foi eu chorei um pouco, bem pouco, assim como tenho feito ultimamente...um choro contido e pausado. E em seguida prometi a mim mesma que não contaria nada a ninguém... afinal já faz tempo que eu não sei o que é apoio e compreensão. Mas infelizmente, para o meu desassossego,  não resisti ... e lá fui eu chorar minhas pitangas em um ombro que nunca foi tão amigo assim... e o discurso de comoção foi exatamente como já havia sido arquitetato na minha cabeça:-“ há mas se você quer ser engenheira civil você tem que aguentar isso!”...ou “- como que você quer entrar numa empresa se você chora por qualquer bobagem?” e “você nunca poderá trabalhar em uma empresa pensando assim...isso não existe de assédio moral, se alguém te chamar de burra ou te ofender é só você ignorar” e tão cruel quanto finalmente “- se ele te chamou de gorda é porque você deu espaço”. Eu já não aguento mais ouvir isso, como eu posso dar espaço pra tanta grosseria e dezintileza? Como eu posso deixar que ofendam a mim e achar isso natural? Que isso é necessário? As pessoas estão todas loucas... todas perderam o bom senso e o chão... e eu não quero ir pra onde elas se encontram . Não. E o pior é que pra variar ninguém me entende. Então cheguei em uma importante conclusão: Eu não quero nada disso.Se for assim não quero mais  engenheira civil, e todos estão certos eu não –NÃO- nasci pra isso... pra tanta descortesia e ofensa. Eu não sou forte, eu não aguento, eu não sei lidar. O que realmente queria era conseguir escrever alguma coisa preste!!!!!!
Então é isso, imagine minha modéstia: “eu quero ser escritora, e escrever um BEST SELLER! “ (com  isso sim eu conseguiria lidar: com a sinfonia das minhas idéias e do meu computador).
Pois é, durma com esse barulho amor.


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Constatação feita no dia 1º de abril.


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