sem máscaras e com torpor.
Enquanto ela tentava se controlar através da respiração pausada e profunda,também raspava o esmalte vermelho das suas unhas com os dentes. Enquanto sentia alívio e prazer de tê-la colocado em seu lugar,lhe veio a estranha sensação de não ter máscara alguma lhe protegendo a face,corou-se. Achou seguro então se esconder entre o vão do óculos de grau e o mar negro de cabelos cacheados. Se encarregou de olhar fixamente para lugar algum, a retina paralisou-se entre a raiva, o torpor e a vergonha. Percebeu que já era tarde, tinha se mostrado demais, não havia mais fingimentos e nem politicagem. Em seguida pediu desculpas, afinal ultimamente ela também estava sendo esse tipo gente onde era mais fácil ver,criticar o caminho dos outros do que seguir e apreciar o andar dos seus pés calejados. E fingiu para sim mesmo estar tudo bem (de fato as coisas deveriam estar), ao menos depois do acordo que foi firmado no silêncio que se seguiu pelos segundos que atropelavam as horas: então fica combinado assim, cuida da sua vida que eu cuido bem melhor de mim.
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