O que faz a falta.

 A.o acompanhou até o portão,e antes de se despedirem ela retomou a conversa que momentos antes tiveram no sofá em tons de brincadeira, agora o tom era sério e de desabafo.Ela contou que estava perdida em divídas,que os planos não seguiram como o planejado,que ela iria conseguir uma parte da grana com a sua mãe,mas que ainda faltava algum dinheiro.E ele novamente desconversou.. disse que também já havia estourado seu limite e que não poderia ajuda-la,disse que talvez pudesse ver com sua mãe se ela tinha dinheiro,mas A. recusou imediatamente,disse a ele que visse direito se não iria sobrar realmente nenhum dinheiro,que se não desse viria com sua irmã.
 E então ensaiaram uma nova despedida,onde ele revelou que não iria vê-la no dia seguinte... e antes dela ensaiar alguma pergunta ele disse o motivo, iria sair com os amigos do serviço.Ela fez uma cara enigmática que logo ele decifrou dizendo que ele não tinha dinheiro,ele iria passar o cartão.A disse que de qualquer forma ele teria que pagar o boleto do cartão... e que ele já havia saído na terça com os seus amigos...que derrepente se ele não saísse de novo na sexta ele poderia polpar algum dinheiro.Ele disse que não... respondeu dura e simplismente que não poderia de deixar de viver a vida dele para ajuda-la.
 A. entrou em choque.Não acreditava e nem queria acreditar naquilo que acabara de sair da boca daquela pessoa e naquela situação.Ficou pasma... seus olhos se encheram de lágrimas mas não quis chorar,não na frente dele, era como admitir que ele tinha vencido,já que ele conseguiu deixa-la desarmada e vulnerável para assim feri-la bem forte...no final das contas ele não merecia vê-la chorar,não aquele estranho.Era assim que ela o via.Ela não reconhecia mais o cara com quem ela estava há 3 longos ano.. ele ali era apenas um maldito egoísta filho da puta,em que ela queria dar um pé na bunda mas não conseguiu,já que sua única reação foi ignorar o olhar dele e dizer “é bom saber!”.. depois disso ela emudeceu e ensurdeceu também.. teve a sensação de ouvir ele dizer algo como “é bom saber mesmo,eu estou dizendo a verdade”.. enquanto ele estava indo em direção ao seu carro.Mas já não tem certeza se foram essas as palavras ditas por ele,ou obra da sua cabeça.de fato nada daquilo parecia ser real.. ou sequer fazer algum sentido.
  Quando entrou em casa viu TV... jogou computador.. e quando ouviu o barulho da sua mãe na cozinha foi lá conversar com ela.Ela estava fazendo vitamina de banana,A. pediu que a receita foi aumentada pois também iria querer um copo e desabafou com sua mãe.Em seguida se arrependeu de ter falado.. não queria envolve-la naquilo tudo.. pois se depois ficasse tudo bem tinha medo de  que sua mãe guardasse raiva do rapaz.
 Mas A. sabia que o importante não era o que os outros iriam pensar ..mas a dor que ele acabara de causar nela.. de fato era ela quem sempre sofria com essas coisas.Seus pensamentos de perderam.. em um misto de não saber mais a quem recorrer na questão do dinheiro e do fato de descobrir que estava sozinha... que não poderia contar com ele.Tomou coragem e prometeu para si mesma que não iria aceitar ajuda dele,caso ele viesse como um corno manso voltar atrás com sua palavra... embora no andar da carruagem já achasse difícil tal postura de submissão e arrependimento por parte dele.
 De qualquer forma torço para que A seja forte,pois de fato ela o é,e que realmente não aceite nada dele.E que ela acredite em Deus, e em sua mãe que sempre esta ali para ajuda-la e ela nem sempre a vê.

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